Wednesday, April 25, 2012

SPAN, Port Mirroring ou Port Monitoring




        Hoje vamos falar de mais uma feature incrível dos devices Cisco. Esse assunto não é escopo de CCNA e sim de CCNP,porém, não é nada complicado e é muito importante.
  Imagina que você é Analista ou administrador de uma rede e alguém reclama de lentidão para acesso a um servidor ou coisa do tipo. Você acessa o switch em que esse servidor está conectado e verifica que realmente a interface em questão apresenta uma taxa altíssima de tráfego. Como saber se o tráfego é legítmo,por exemplo um backup sendo realizado na rede, ou é um ataque de DoS ou um vírus na sua rede?.
 Uma boa forma de validar a legitimidade do tráfego é através de um sniffer.
 Sniffers são softwares que possuem a capacidade de analisar o tráfego em um dado segmento e te mostrar quais os pacotes que estão trafegando nele. Existem equipamentos especializados que fazem isso,bem como softwares   proprietários, porém, temos ainda um ótimo software freeware que faz um execelente trabalho. Estamos falando do Wireshark. Proveniente no mundo Linux, esse software é estremamente eficiente e existe também para Windows.
   Pois bem, voce vai até o CPD,mais especificamente até o switch em questão com um notebook que possua um sniffer instalado e pretende analisar o tráfego. Qual a forma correta de se fazer isso ? Veja bem, se você espetar seu notebook a uma porta do switch, você irá escutar apenas o tráfego broadcast  do mesmo. Isso pode até ajudar no caso de um loop na rede ou algum outro problema.Porém, se a idéia for analisar um tráfego unicast, ou seja, um tráfego entre portas específicas, isso não vai funcionar. Como já devemos saber, o switch trabalha fechando um comunicação full duplex entre as portas, ponto a ponto,de forma que, apenas as portas envolvidas irão receber tráfego unicast. Essa é uma das vantagens de um switch sobre um Hub que inunda todas as portas, exceto aquela que originou o tráfgo. Em um Hub, se você espetar seu notebook com o Sniffer, perfeito,você "ouvirá" toda a comunicação entre os hosts. Porém, como estamos falando de um switch, isso não irá acontecer.
 Bem, você pode até desconectar o referido servidor do switch e espetar ele em um Hub, juntamente com seu notebook e ambos ao switch novamente, isso possibilitará que você "ouça" todo o tráfego que o servidor está recebendo e enviando.
 Entretando, essa é uma solução muito pouco nobre. Se estamos falando de switches Cisco, podemos usar uma feature muito bacana do IOS: SPAN, Port Mirroring ou Port Monitoring.

 Essa figura retirada do site da Cisco, mostra um exemplo de como podemos fazer o procedimento usando um Hub.






 

Fonte:http://www.cisco.com/en/US/products/hw/switches/ps708/products_tech_note09186a008015c612.shtml


Abaixo, o switch:



Muito bem, para que possamos, de forma elegante, intruzir um sniffer em nossa rede, escutar o tráfego que nos interessa sem ter que apelar para o já em extinção HUB, podemos e devemos usar SPAN.
 Com essa facilidade, nós dizemos ao Switch que enviei para uma terceira porta, todo o tráfego que está passando entre duas determindas portas.
   Vamos supor que nosso servidor está na porta 0/2 do switch, se comunicando com a porta 0/5,que pode ser a porta que possui saída para outro switch ou até mesmo para a internet. Vamos instalar nosso notebook com o sniffer na porta 0/1. Para as configurações, faremos o seguinte:

  
Switch(config)#interface fastethernet 0/1
Switch(config-if)#port monitor fastethernet 0/2
Switch(config-if)#port monitor fastethernet 0/5

Pronto. Com essas três linhas de comando, dissemos ao switch: Envie para a porta 0/1 uma cópia dos quadros (pacotes) que serão trocados entre as portas 0/2 e 0/5. Dessa forma, nosso sniffer poderá analisar todo esse tráfego.
 Essa feature pode ficar ainda mais bacana se você possui um ambiente de rede complexo e grande e não pretende ir até o local onde está o tráfego para fazer esse procedimento. Os switches cisco possibilitam que através de VLANs, você monitore de um switch uma porta que está em outro switch da sua rede. Porém, esse é um assunto que vamos deixar para um outro artigo.

 É isso ai, uma função importante, útil e bem simples.




Tuesday, April 17, 2012

CCNA 640-802

Hoje fiz minha prova  CCNA 640-802. Passei, graças a Deus! Sem ser arrogante, poderia ser CCNA a bem mais tempo, na verdade nem tive uma score tão boa assim, tirei quase que o suficiente para passar, mas confesso que adiei demais essa certificação, nem sei exatamente mais porque motivo.
  Durante muito tempo essa certificação era tão 'distante' para  mim pelo fato de não conviver com pessoas que fossem certificadas. Além do mais, não existia nenhuma exigência ou estímulo para isso por parte das empresas onde passei, apenas minha própria vontade de ser CCNA.
   Acredito que minha vinda  para a AT&T foi determinante nessa tomada de decisão. Além do estímulo que recebi da empresa com reembolso do valor pago, que diga-se de passagem está bem caro. Tem ainda o fato de todas as pessoas da parte técnica na empresa ter essa e várias outras certificações.
  O quão fácil ou difícil é a prova vai depender de cada um. Cada pessoa é a medida de si mesmo, não adianta querer se basear nesse fato. Eu achei questões bastante fáceis e questões bastante difíceis.
  Das 48 questões, foram dois Labs, um de EIGRP e um de ACL e uma questão com simulador para descobrir status de Spanning tree e VTP. No mais, foram questões de multipla escolha, drag and drop e por ai vai. Nada diferente dos muitos simuladores de provas que podem ser encontrados pela net.
   O Lab de ACL foi de certa forma tranquilo mas o Lab de EIGRP foi bem complicado. No Lab de EIGRP eu encontrei coisas erradas e corrigi mas como o tempo começou a ficar apertado, salvei o que eu tinha feito e passei adiante. Não sei se é considerado alguma coisa  mas é fato que não se pode sacrificar uma prova em função de uma questão.
  Em termos de materiais a dica que eu dou é os livros ICND 1 e ICND2 do Weldon Odom. O simulador que vem com os livros é muito bom. Tem um nível bem parecido com o CCNA real e ainda trás Labs. Não sei quanto esta custando mas vale a penas ter. Diria inclusive que nem precisa de outros materiais.
 Esses livros são em inglês, da mesma forma que minha prova. Se alguém disser: Mas eu não manjo de inglês!
Ai eu digo o seguinte: Então ao invés de CCNA, dedique algum tempo ao inglês antes. Na minha modesta consepção, não vale a pena correr atrás de certificações sem ser capaz de pelo menos compreender um material em inglês. Mesmo que o ambiente de trabalho não exiga que você fale inglês, todos sabemos que praticamente todo bom material na área de TI, para citar apenas uma área, estão em inglês!
 Então é isso. Eu pretendo marcar minha próxima prova assim que determinar qual será a próxima, estou entre fazer Wireless, voice ou partir para CCNP R&S. Mas vou usar a tática de marcar porque considerei essa tática muito eficaz. Saber que existe uma data te ajuda a se organizar e te força a estudar.
  Qualquer pergunta pode ser endereçada ao meu e-mail que terei prazer em ajudar.

Monday, April 9, 2012

EIGRP

osischool.com


Fonte: http://www.osischool.com/protocol/eigrp/neighbor-discovery

 Hoje vamos aprender sobre o protocolo de roteamento da Cisco EIGRP : Enhenced Interior Gateway Routing Protocol.
     A bela animação acima, apesar de simples, sumariza muitíssimo bem o que acontece no mundo real quando estamos falando de protocolo de roteamento e em especial de EIGRP.
 Como podemos ver, roteadores trocam informaçoes constantemente entre si. Esse mecanismo objetiva manter as informações sempre atualizadas e funciona com uma lista de presença onde, a cada 5 segundos, o roteador diz 'presente'. Caso essa resposta não venha nos 5 segundos e nem nos próximos 15 segundos, o roteador será considerado 'ausente' e uma pequena mudança na rede é iniciada.
  Em links de baixa velocidade esses tempos são alterados para 15 segundos  e 60 segundos respectivamente.
  O tempo menor, 5 segundos, é chamado de Hello time e tem a mesma conotação do Hello presente no OSPF, protocolo discutido em outro artigo. O tempo maior é chamado de Hold time e siginifica o tempo que um roteador espera até considerar seu visinho inacessível.
  Pois bem, dito isso, vamos detalhar como todo o processo acontece.
  Uma vez estabelecida a comunicação entre roteadores e ativado, em suas interfaces, o protocolo EIGRP, imediatamente o roteador começa a enviar mensagens Hello na rede usando o IP de multicast 224.0.0.10. Traçando um pararelo com seu concorrente OSPF, o EIGRP não vai muito além disso.  Enquanto OSPF irá criar uma estrutura em árvore como ocorre como protocolo Spanning Tree,também discutido em outro artigo, o EIGRP é muito mais simples e age como um autêntico protocolo Distance Vector. Uma vez feita as devidas apresentações, já ocorrem a troca de informações de roteamento. Sem mais delongas, sem passar por todos os estágios de down, init, exchange e full do OSPF,alem da eleição de um DR e um BDR.
    O OSPF precisa de todo esse trabalho porque, como link state, ele forma uma rede onde todo mundo conhece todo mundo. Já EIGRP é muito mais simples. Ele forma adjacência  com seu visinho diretamente conectado e isso é o suficiente.
  É possível não enviar mensagens Hello por uma dada interface. Basta que em modo de configuração de roteamento, seja executado o comando 'passive interface' seguido da interface a qual se almeja desativar o enio de Hello. Com esse comando, uma dado segmento de rede não será inundado com mensagens Hello. Essa configuração é útil e recomendada por questões de segurança,pois, alguns roteadores estarão  conectados a uma rede local que não participará da rede EIGRP.
  Considerando uma rede devidamente conectada, sem problemas de camada 1 ou 2 e com os segmentos devidamentes trocando mensagens Hello, axatamente como na animação acima, vamos ver em mais detalhes o que acontece após.
  Para que um roteador seja visto na tabela de vizinhos do outro roteador (Neighbor Table), é preciso que alguns parâmetros estejam de acordo. Os tempos de Hello e Hold time precisam ser os mesmos. Se autenticação estiver sendo usada, cada interface deverá concordar quando a Chain e a key além dos timers envolvidos na autenticação.
  Se todas essas condições estão de acordo, o roteador é inserido na tabela de vizinhos e existe a troca de informação de roteamente.
  Cada roteador realizará o envio de toda sua tabela de topologia para seu visinho diretamente conectado.
  O roteador formará,então, três tabelas a saber:
-Tabela de visinhos
-Tabela de Roteamento
-Tabela de Topologia.

Abaixo vamos mostrar cada uma delas:

1-Visinhos:

Albuquerque#show ip eigrp neighbor
IP-EIGRP neighbors for process 1
H   Address         Interface      Hold Uptime    SRTT   RTO   Q   Seq
                                   (sec)          (ms)        Cnt  Num
0   10.1.4.2        Se3/0          12   01:21:33  40     1000  0   31
1   10.1.6.2        Se2/0          11   01:21:30  40     1000  0   30


 2-Rotas:
 Albuquerque#show ip route eigrp
     10.0.0.0/24 is subnetted, 6 subnets
D       10.1.2.0 [90/20514560] via 10.1.4.2, 01:22:26, Serial3/0
D       10.1.3.0 [90/20514560] via 10.1.6.2, 01:22:24, Serial2/0
D       10.1.5.0 [90/21024000] via 10.1.4.2, 01:22:26, Serial3/0
                 [90/21024000] via 10.1.6.2, 01:22:24, Serial2/0


3-Topologia:

 Albuquerque#show ip eigrp topology
IP-EIGRP Topology Table for AS 1

Codes: P - Passive, A - Active, U - Update, Q - Query, R - Reply,
       r - Reply status

P 10.1.1.0/24, 1 successors, FD is 28160
         via Connected, FastEthernet0/0
P 10.1.4.0/24, 1 successors, FD is 20512000
         via Connected, Serial3/0
P 10.1.2.0/24, 1 successors, FD is 20514560
         via 10.1.4.2 (20514560/28160), Serial3/0
P 10.1.5.0/24, 2 successors, FD is 21024000
         via 10.1.4.2 (21024000/20512000), Serial3/0
         via 10.1.6.2 (21024000/20512000), Serial2/0
P 10.1.6.0/24, 1 successors, FD is 20512000
         via Connected, Serial2/0
P 10.1.3.0/24, 1 successors, FD is 20514560
         via 10.1.6.2 (20514560/28160), Serial2/0
Albuquerque#


Olhando as saidas dos comandos acima, somos apresentados a vários conceitos novos e importantes sobre o protocolo. Considero que essa é a maior dificuldade em estudar EIGRP. As terminlogias usadas no protocolo são, a meu ver, um pouco confusas e trás muitas dúvidas no início dos estudos. Meu objetivo é que, ao final do artigo, alguém que não compreendia esses termos, passe a compreendê-los.
   Como já previamente explicado, a tabela de visinhos depende dos tempos de Hello, Hold e caso esteja sendo usado autenticação, os parêmetros devem concordar.
  O parâmetro ASN, Autonomous System Numer, deve ser o mesmo e é o mais importante. Para ativar o protocolo no roteador já é  solicitado qual ASN será usado.
  Obviamente, as interfaces devem estar na mesma rede logica, afinal, estamos tratando de um protocolo de camada 3.
 Também são levado em consideração as métricas,porém, não vamos entrar em detalhes aqui porque foge do escopo de CCNA.

 Breve descrição da Tabela de Visinhos:


H   Address         Interface      Hold Uptime    SRTT   RTO   Q   Seq
                                   (sec)          (ms)        Cnt  Num
0   10.1.4.2        Se3/0          12   01:21:33  40     1000  0   31
1   10.1.6.2        Se2/0          11   01:21:30  40     1000  0   30


O H é o Indice da Tabela, quanto mais roteadores, mas esse número aumenta.  Geremy Cioara, em um de seus ótimos videos, faz algumas paródias sobre esse parâmetro dizendo que ninguem sabe porque usaram a letra H. Mas isso nao importa.
  Temos ainda o IP do roteador visinho e a interface do roteador por onde as informações estão sendo recebidas. Em seguida temos a Hold time, Up time que é o tempo que o visinho está ativo, SRTT é o tempo de reposta, como se fosse um ping e demais parametros.

 Veremos em seguida a Tabela de Rotas:

 Albuquerque#show ip route eigrp
     10.0.0.0/24 is subnetted, 6 subnets
D       10.1.2.0 [90/20514560] via 10.1.4.2, 01:22:26, Serial3/0
D       10.1.3.0 [90/20514560] via 10.1.6.2, 01:22:24, Serial2/0
D       10.1.5.0 [90/21024000] via 10.1.4.2, 01:22:26, Serial3/0
                 [90/21024000] via 10.1.6.2, 01:22:24, Serial2/0


A Tabela de Rotas começa com  a letra D de DUAL (Diffusion Update Algorithm). Esse é o algorítimo responsável por analisar a tabela topológica e eleger a rota que irá para a Tabela de Rotas.
  Em seguida tempos a rede de destino, rede que queremos alcançar. Entre parênteses temos a esquerda a Distancia Administrativa, no caso o valor Default, 90. Em seguida, a direita, temos a Metrica. Após a Metrica temos a palavra Via que indica por onde iremos sair, IP e Interface.

 [90/20514560]-
Ainda sobre esses números entre colchetes, temos que dar uma atenção maior ao numero 20514560. Esse número, como dito antes, é a Métrica. Mas o que vem ser a métrica? Métrica é a somatória de alguns fatores para considerar o quão boa é uma rota.
  Quando dois roteadores trocam informações de roteamento eles informam ao seu visinho sua métrica para atingir uma rede determinada. Ao receber essas informações, o roteador verfica suas próprias informações e, somando com as informações do visinho, cria a Metrica da qual estamos falando.
  Isso é algo interessante de ressaltar. Ou seja, dessa forma o EIGRP considera sua perspectiva e a perspectiva do visinho como deve ser um protocolo Distance Vector.
   O parametros analisados são chamados de K. Os valores relevantes são  K1 e K3, Bandwidth e Delay. Existem ao todo 7 tipode K.
    O funcionamento desse processo envolve formula e pode ser bem complexo mas aqui vamos tentar tornar as coisas o mais simples possível.
 Uma vez definido os paramtros K1 e K3 e as informações recebidas do visinho, o roteador chega  no número acima e isso é a medida de quão confiável é uma determinada rota.
 Caso rotas para um mesmo destino tenham a mesma métrica, ambas irão para a tabela de rotas, por default até 4. O tráfego será então balancedo entre elas.
   O protoloco permite, entretando, balanceamento de tráfego entre até 16 rotas e ainda com custos desiguais. Isso também não será escopo desse artigo.
  
  Vamos introduzir agora os termos a que tinha referido:

Successor Route:

 Não precisa traduzir. Apenas trabalhe com a informação de que essa é a rota que será colocada na tabela de roteamente.
 Falou em Successor, pense na rota que está na sendo usada pelo router.

Feasible Successor:

Esse termo faz um pouco mais de sentido,porque, se traduzido, fica Sucessor Viável. Mas ainda vamos trabalhar com os termos como estão.
 Essa rota fica apenas na Tabela de Topologia e passará para a Tabela de Roteamento, caso a rota atual, Successor, falhar.
 Dessa forma, o EIGRP se torna um protocolo estremamente rápido e eficiente. Em apenas um segundo e até menos, ele é capaz de recuperar uma rota com problemas.

 Posto isso, vamos apresentar nossa terceira e última Tabela: Tabela de Topologia


Albuquerque#show ip eigrp topology
IP-EIGRP Topology Table for AS 1

Codes: P - Passive, A - Active, U - Update, Q - Query, R - Reply,
       r - Reply status

P 10.1.1.0/24, 1 successors, FD is 28160
         via Connected, FastEthernet0/0
P 10.1.4.0/24, 1 successors, FD is 20512000
         via Connected, Serial3/0
P 10.1.2.0/24, 1 successors, FD is 20514560
         via 10.1.4.2 (20514560/28160), Serial3/0
P 10.1.5.0/24, 2 successors, FD is 21024000
         via 10.1.4.2 (21024000/20512000), Serial3/0
         via 10.1.6.2 (21024000/20512000), Serial2/0
P 10.1.6.0/24, 1 successors, FD is 20512000
         via Connected, Serial2/0
P 10.1.3.0/24, 1 successors, FD is 20514560
         via 10.1.6.2 (20514560/28160), Serial2/



Esse tabela é maior porque possui todos os possíveis rotas para  todos os destinos. Além das Successors Routes.
Quando algo acontece com a rota pricipal, o DUAL irá eleger a Feasible Successor à  Successor e tudo ficará bem.
 Mas para que uma rota seja Feasible successor ela precisa atender uma condição que é chamada pela Cisco de Feasible Condition.
  Essa regra diz que para uma rotar se tornar  a rota backup, ela precisa ter uma métrica melhor que a métrica da rota em uso. Isso é um tanto confuso, mas vou explicar.

 Veja a Figura abaixo:


Esse figura, retirada do livro ICND2 da Cisco, melhor material que eu tenho, mostra muito bem essa questão.
   Temos que considerar aqui a palavra  perspectiva. Perspectiva é a forma que o roteador enxerga a rede com a ajuda do visinho. O Roteador E possui as rotas em sua tabela de roteamento, somando as informações enviadas pelos visinhos com as suas próprias. Da mesma forma, os roteadores B,C e D terão as suas informações somando com as informações de outros roteadores visinhos. Na figura, o roteador consegue chegar a rede 1 no roteador A, com uma métrica de 15000, o roteador C com 13000 e D com 10000. Enquanto que o roteador E, tem métrica de 14000 passando pelo roteador D.
  Dessa forma, o caminho escolhido é pelo roteador D, afinal 4000 + 10000 é igual a 14000, ou seja, o menor valor.
  A rota E-D-A, será a Successor e irá fica da Tabela de Roteamento. Mas e as Feasibles Successor ? Como disse acima, são aquelas que atendem a Feasible condition. E como explicado, a Feasible Condition diz que a rota tem que ter uma métrica menor que a métrica da Sucessor route. Considerando que nossa successor route possui métrica de 14000, qual das metricas enviadas pelos roteadores visinhos é menor do que 14000 ??.   Simples, a rota do roteador C, cujo valor é 13000. Veja que a rota do roteador B não atende, ela possui o valor 15000.
  Podemos concluir com 100 % de certesa que se algo der errado com o roteador D, o roteador desviará todo o seu tráfego para o roteador C. Dessa forma, a rota através do roteador C atende a Feasible Condition e será a rota Feasible Sucessor. Ou seja, ela estará na tabela de topologia do roteador D.

   Por último, vamos considerar que não apenas D falhe mas também o roteador C. O que irá acontecer? Bem, o DUAL não possui uma Feasible Successor, uma rota de backup para subir automaticamente a rede. Mas, ele sabe que existe uma rota que, apesar de não atender a Feasible Condition, não deixa de ser uma rota até a rede de destino. Então o DUAL dispara (Consulta) Query para o roteador B que responde em Reply e ambos concordam em usar essa rota para que a rede do roteador D tenha como atingir a rede em A.

 Uma última informação sobre o EIGRP é que ele é  independente de protocolo de camada 3. Enquanto o OSPF suporta apenas TCP/IP, o EIGRP suporta todo os protocolos roteados. Ainda que isso não é mais algo notável hoje em dia, afinal, TCP/IP acabou por suplantar todos os seus concorrentes, não deixa de ser uma característica.
  EIGRP consegue esse feito porque a Cisco desenvolveu um protocolo chamado RTP, diferente daquele RTP (Real Time Protocol de camada 5 que roda sobre UDP) o RTP da Cisco significa Reliable Transporte Protocol e consegue ser, inclusive Unreliable. Ou seja, ele pode funcionar como TCP ou como UDP.
 
  Asssim nós concluímos o processo de roteamento no protocolo EIGRP. Como disse, os termos escolhidos pela Cisco geram um pouco de dúvidas e eu fiz questão de mantê-los em Ingles porque assim são apresentados na maioria dos materiais. Mas basta considerar o conceito por trás do termo e apenas guardar o tempo atrelado ao conceito.
  Eu espero realemente ter conseguido esclarecer esses conceitos porque levei algum tempo até deixá-los claros pra  min. Caso alguém não tenha entendido e queira uma explicação diferente ou discutir algum ponto específico, sinta se a contade para me contatar:

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Abraço a todos que visitam o blog e lêem os posts.